O protestantismo brasileiro conheceu ao longo dos tempos alguns movimentos artísticos que foram relevantes e que influenciaram sua forma de ser e de entender sua fé em contato direto com a cultura. Um dos movimentos mais interessantes, embora pouco pesquisado, foi a iniciativa de jovens cristãos que a partir da década de 1970 começaram a usar o Rock and roll como uma linguagem para expressar sua fé e para comunicar a mensagem querigmática do Evangelho. Ao longo dos anos, temas diversos como conflitos internos do protestantismo, política e questões sociais se tornaram pauta das bandas que dialogavam com as juventudes através do rock. Há no rock feito por jovens cristãos no Brasil o impulso à evangelização e ao protesto profético, sem deixar de lado um embasamento bíblico e teológico, que pode passar despercebido por aqueles que não estão habituados à linguagem das guitarras, baixos e baterias, mas que tem falado às mentes e aos corações de várias gerações de jovens que podem entender a mensagem cristã a partir da sua própria linguagem característica. Há na poesia e na melodia um capricho para que a mensagem tenha conteúdo e forma, qualidade técnica e a medida exata que combine letra e música para que sua mensagem seja adequadamente transmitida. Esta pesquisa pretende afirmar a obra das bandas de rock gospel como eficiente elemento de evangelização, sobretudo dos jovens, explorando as perspectivas teológica e artística das canções das bandas de rock gospel a partir da Teologia da Cultura.