Riscos geológicos, tais como os escorregamentos, são os maiores causadores dos desastres naturais em ambientes urbanos. Além dos impactos ambientais negativos, este fenômeno implica em consequências socioeconômicas, uma vez que existe a necessidade de reparos imediatos da área degradada. A avaliação de risco, principalmente em áreas urbanizadas, é necessária para se evitar os possíveis desastres e assegurar a qualidade de vida da população no entorno. No presente trabalho, a avaliação de risco foi realizada em três seções da encosta do Morro Dois Irmãos, localizada na Gávea, Rio de Janeiro, que sofreram sucessivas rupturas após intensas precipitações. A avaliação e classificação do risco pela abordagem qualitativa foi determinada utilizando a metodologia proposta pelo Ministério das Cidades e IPT e do GIDES-CPRM através da realização da vistoria em campo. A encosta foi classificada como de risco alto a muito alto ao escorregamento. Os resultados da abordagem quantitativa, obtidos pelas análises determinísticas de estabilidade com base no método de Morgenstern-Price, evidenciaram que as superfícies de ruptura crítica das seções apresentam fator de segurança menor que 1,5. Já nas análises probabilísticas de estabilidade FOSM, foram obtidas probabilidades de ruptura de 0,19, 0,14 e 0,08 sendo as seções classificadas como Perigoso no que diz respeito ao nível de desempenho esperado. Com isso, o índice de vulnerabilidade local encontra-se na faixa de 0,7 a 0,8. Para as seções analisadas, são necessárias ações como forma de mitigar e recuperar a área ambiental e socialmente.