Este estudo buscou investigar o impacto da adoção das redes sociais por empresas brasileiras sobre seu comportamento exportador no decorrer da pandemia do Covid-19. Especificamente, buscou-se entender em que medida as empresas se perceberam atingidas por impactos disruptivos da pandemia, apresentavam orientação para mídias sociais, utilizaram as mídias sociais para aquisição de conhecimento, reconhecimento de oportunidades e interação com parceiros, e em que medida tal utilização favoreceu o comportamento exportador. A perspectiva teórica adotada no estudo foi a Teoria da Difusão de Inovações de Everett Rogers. A fundamentação teórica baseou-se ainda na literatura sobre adoção de tecnologia, em particular voltada para digitalização e redes sociais, levando à elaboração de um modelo teórico e à formulação de 11 hipóteses de pesquisa. A metodologia adotada consistiu na aplicação de uma survey online com uma amostra de conveniência de empresas brasileiras. As escalas utilizadas para medir os construtos foram identificadas na literatura, tendo sido anteriormente desenvolvidas e validadas por outros autores. Os dados foram coletados por meio de questionários autoadministrados disponibilizados na internet, sendo enviado um convite por email ou por redes sociais contendo o link para o questionário. O teste de hipóteses utilizou a modelagem de equações estruturais, tendo-se encontrado relações significativas entre os principais construtos do modelo. As contribuições do estudo à teoria de difusão de adoção de inovações incluem melhor entendimento do potencial impacto de eventos disruptivos e a associação entre a adoção de redes sociais e adoção da exportação.