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Título: AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM COM INPUT VARIÁVEL: O CASO DA CONCORDÂNCIA DE NÚMERO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO
Autor: ANA PAULA DA SILVA PASSOS JAKUBOW
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO - PUC-RIO
Colaborador(es):  LETICIA MARIA SICURO CORREA - ORIENTADOR
Nº do Conteudo: 57429
Catalogação:  17/02/2022 Idioma(s):  INGLÊS - ESTADOS UNIDOS
Tipo:  TEXTO Subtipo:  TESE
Natureza:  PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
Nota:  Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
Referência [pt]:  https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=57429@1
Referência [en]:  https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=57429@2
Referência DOI:  https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.57429

Resumo:
Esta tese investiga como as crianças que vivem no Rio de Janeiro (Rio) lidam com input variável no que concerne às marcas morfofonológicas de concordância de número em Português Brasileiro (PB). Em PB, o plural pode ser expresso apenas no determinante (D) (não-redundante, variedade não-padrão) ou em todos os elementos que concordam com D (redundante, variedade padrão). O grau de variação é influenciado pelo nível de escolaridade e pelo nível socioeconômico (NSE) do falante: quanto mais escolarizado o falante é, mais marcas de plural são produzidas (NARO, 1981; NARO; SCHERRE, 2015; SCHERRE; NARO, 1998). O Rio é um ambiente de contato entre variedades, já que pessoas de diferentes NSE interagem cotidianamente. Sugere-se que input variável resulta em aquisição e representação de traços morfofonológicos pertinentes à expressão da redundância da concordância de número plural subespecificados (cf. ROORYCK, 1994) no léxico. Assume-se que a gradual especificação dessas informações depende de fatores sociais, o que pode acarretar uma espécie de bilinguismo. Um experimento de produção induzida por repetição foi conduzido com crianças em idade pré- escolar de escolas pública e particular, no qual possíveis combinações de concordância foram manipuladas a fim de verificar se há diferença entre a performance dos dois grupos, uma vez que tipo de escola é tomado como variável social (ALVES; SOARES; XAVIER, 2014). Os resultados demonstram que ambos os grupos apresentam variação, mas diferem na produção das variedades não- padrão: Pub apresenta respostas não-padrão com mais frequência que Priv. No momento da codificação morfofonológica, na produção da linguagem, o acesso aos morfemas armazenados em uma espécie de Pool of Variants (ADGER, 2007), sofreria influência de fatores sociais e de frequência (LEVELT, 1999). A marca de plural obrigatória no determinante é explicada pelo viés sintático e pelo viés do processamento via um modelo de computação online para a produção da linguagem (CORRÊA; AUGUSTO, 2007, 2011), assumindo transferência para as interfaces em fases (CHESI, 2007) e que o DP em PB possui duas fases (PICALLO, 2017). O efeito de escolaridade na variação da concordância de número é verificado com dados de crianças do 6º ano de escolas pública e particular também no subúrbio do Rio. Os resultados mostram um efeito de tipo de escola/SES, em que Priv produz respostas padrão mais frequentemente que Pub. Além disso, foi verificado um efeito de desempenho escolar com os alunos de 6º ano de uma mesma escola pública: Pub A (bom desempenho acadêmico) é menos sujeito à variação do que Pub B (desempenho escolar regular). De maneira geral, os resultados do 6º ano indicam interação entre NSE e desempenho escolar em um continuum gradiente de produção de concordância de número: Priv > Pub A > Pub B. Adicionalmente, um teste de habilidades linguísticas (MABILIN II (CORRÊA, 2000)) buscou verificar habilidades dos alunos de 6º ano em extrair informação de número gramaticalmente relevante na compreensão e na produção do PB pelo grupo Pub B, visto que este grupo do 6º ano apresentou performance similar ao grupo de pré-escolares da escola pública, apesar da diferença de idade entre os dois grupos. Os resultados dos experimentos são discutidos em termos de um contexto bi/multilíngue: a) falantes de PB adquirem as duas variedades simultaneamente, como na aquisição bilíngue simultânea (MEISEL, 1994); b) um bom desempenho escolar pode melhorar a consciência metalinguística do falante, permitindo code-switching entre as variedades, dependendo do nível de proficiência em cada uma delas (CRAIG; WASHINGTON, 2004); c) um bom desempenho escolar e NSE alto podem resultar em uma espécie de bilinguismo passivo ou bidialetalismo passivo em relação às formas não-redundantes (see CORNIPS, 2014). Por fim, os resultados são discutidos em termos de um continuum multilíngue, caracterizado, em um extremo, como uma gramática subespecificada e, em outro, duas gramáticas separadas, acessadas de maneira independente. Esta tese, portanto, está inserida em um campo interdisciplinar com vistas a conciliar sociolinguística, psicolinguística e teorias linguísticas formais.

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