O Objetivo desta pesquisa foi identificar como algumas escolas privadas, tidas como progressistas, na cidade do Rio de Janeiro estão lidando com a presença das novas configurações familiares dos alunos. Ao longo das últimas décadas a instituição familiar sofreu inúmeras mudanças desestabilizando o modelo da família tradicional como referência única. Assim a relevância dessa pesquisa reside no fato de que os educadores devem estar atentos às mudanças na sociedade que atravessam a vida dos alunos e portanto das práticas pedagógicas. Uma possível legalização da união consensual de casais homossexuais e a autorização de adoção de filhos, por exemplo, podem representar o rompimento de uma serie de saberes consagrados sobre a forma de viver em família. Da mesma forma, á medida que a sociedade vai se transformando a escola também precisa se transformar, procurando se adaptar a essas mudanças através da revisão de suas estratégias de trabalho. Através das entrevistas feitas às coordenadoras da Educação Infantil em cinco escolas da Zona Sul do Rio de Janeiro, foi possível observar que as escolas mostram que, em tese, estão abertas para lidar com diferentes formas de arranjo familiar, apesar da constatação de que há uma falta de informação e aprofundamento em relação às novas configurações familiares dos alunos.