Atualmente, ainda existem poucos trabalhos relacionados à verificação experimental da dispersão dos módulos elásticos e a atenuação em ondas sísmicas, e muito menos em rochas análogas a reservatórios de petróleo com óleo cru. Entendendo que o conhecimento destas metodologias pode fornecer valiosas informações para esta indústria, e observando as diferenças de frequências que existe entre o campo, nos perfis de poços, e nos laboratórios com ensaios convencionais em alta frequência, surge como alternativa o uso de equipamentos de propagação de ondas a baixas frequências, que possibilitam aprimorar a compreensão da dispersão e atenuação das ondas na faixa sísmica. Com essa premissa neste trabalho foi construído um equipamento de baixa frequência que permite analisar as propriedades das rochas em condições semelhantes às de campo em frequências sísmicas. Este equipamento de oscilação forçada possui uma estrutura similar ao desenvolvido no laboratório da Universidade de Curtin-Austrália, onde também foram realizados ensaios de fluência para determinar seus efeitos em rochas sedimentares. Depois de finalizada a construção do equipamento de baixa frequência na PUC-Rio, foram realizados ensaios em uma amostra de arenito Berea, obtendo resultados satisfatórios que foram verificados com as equações de Kramers-Kronig e a equação de substituição de fluidos de Gassmann. Para concluir este trabalho foram estudadas amostras de rochas carbonáticas – coquinas da Formação Morro do Chaves da Bacia Sergipe-Alagoas, consideradas análogas aos reservatórios do Brasil. Os ensaios foram executados com amostras saturadas com água e óleo cru da Bacia de Santos, onde foi observada a dispersão dos módulos elásticos e a atenuação, mostrando uma dependência com a frequência, tensão, tipo de fluido e das características da rocha, principalmente.