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Título: FOTOGRAFAR E DOCUMENTAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM JOGO DE LUZES E SOMBRAS
Autor: ELISE HELENE MOUTINHO B DE MORAES
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO - PUC-RIO
Colaborador(es):  ROSALIA MARIA DUARTE - ORIENTADOR
MARIA CRISTINA CRISTO PARENTE - COORIENTADOR

Nº do Conteudo: 53428
Catalogação:  25/06/2021 Liberação: 25/06/2021 Idioma(s):  PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo:  TEXTO Subtipo:  TESE
Natureza:  PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
Nota:  Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
Referência [pt]:  https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=53428@1
Referência [en]:  https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=53428@2
Referência DOI:  https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.53428

Resumo:
Esta tese tem como objeto de estudo a linguagem fotográfica no processo de documentar e narrar as vivências e aprendizagens das crianças na educação infantil. A pesquisa pretendia, sobretudo, compreender e analisar a produção de registros e documentação com fotografia em uma escola de educação infantil da rede municipal de ensino da cidade de Erechim, localizada ao norte do estado do Rio Grande do Sul. O aporte teórico está ancorado, principalmente, nas contribuições da abordagem pedagógica desenvolvida na cidade italiana de Reggio Emilia, que dá centralidade à documentação pedagógica, tendo como foco a criança, seus processos, linguagens, pensamentos e modos de ser. A imersão no campo de pesquisa se deu por, aproximadamente, oito meses – entre 2018 e 2019 – e foi realizada com atividades concomitantes: observação participativa – em espaços de uso coletivo da escola e com o acompanhamento de quatro grupos, com crianças de 4-5 anos; e diálogos transversais – entrevistas com as educadoras e participação em reuniões pedagógicas de formação no contexto. O foco investigativo da imersão na escola foi orientado pelas seguintes questões: A que processos se escolhe dar visibilidade pela fotografia? Quem é responsável por fotografar? Que criança se quer comunicar com as fotos? Como e quando se fotografa no contexto educativo? O que (e a quem) se pretende comunicar com as fotografias? Inicialmente, a pesquisa teve caráter exploratório e, progressivamente, assumiu contorno participante, tendo sido delimitada como pesquisa-ação. Os dados construídos com a imersão no campo foram de natureza diversa – notas de campo, gravações de áudio e fotografias produzidas pela pesquisadora. O tratamento dos dados se deu a partir de análise de conteúdo, realizada com apoio do software ATLAS.ti, constituindo-se duas categorias mais amplas – Luzes e Sombras – que elucidam a que processos dava visibilidade, mas também o que era invisibilizado em relação ao modo de fotografar e publicizar as fotografias. As fotografias produzidas pela pesquisadora receberam um tratamento analítico complementar à análise de conteúdo, que partiu de uma experiência estética/criativa de criação de um atlas – na perspectiva de Didi-Huberman, como forma visual de organizar e dar sentido às imagens. Parte destas fotografias foram narradas a partir de mini-histórias, uma proposta sensível de compreender o ponto de vista das crianças sobre suas aprendizagens e investigações. A pesquisa evidencia que existem padrões e consensos em relação ao que deve ser fotografado ou exposto pelas imagens, mas também o que não deve ser mostrado. A linguagem fotográfica se reafirma como instrumento propositivo para educadores, crianças, famílias e comunidade partilharem os processos vivenciados, contribuindo para prática reflexiva de educadores e para a visibilidade das infâncias.

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