Neste trabalho, estudo o papel dos bancos públicos na implementação de Programas de Transferência Condicionada de Renda (CCTs). Usando um modelo de entrada com firmas heterogêneas inspirado em Bresnahan e Reiss (1991), consigo determinar como o programa Bolsa Família no Brasil impacta as decisões da Caixa Econômica Federal e de outros bancos de forma diferente. Também avalio se os beneficiários do programa têm acesso efetivo ao Bolsa Família quando não há instituição financeira em seu município. Explorando variação na cobertura bancária após uma resolução do Banco Central, também encontro que menos benefícios são retirados em municípios sem banco, causando cancelamentos involuntários do programa. Os resultados sugerem que cobertura bancária é um aspecto relevante na implementação de políticas de transferência de renda e que bancos públicos podem ser eficazes na melhoria simultânea do acesso às políticas públicas e a serviços financeiros.