$$\newcommand{\bra}[1]{\left<#1\right|}\newcommand{\ket}[1]{\left|#1\right>}\newcommand{\bk}[2]{\left<#1\middle|#2\right>}\newcommand{\bke}[3]{\left<#1\middle|#2\middle|#3\right>}$$
X
INFORMAÇÕES SOBRE DIREITOS AUTORAIS


As obras disponibilizadas nesta Biblioteca Digital foram publicadas sob expressa autorização dos respectivos autores, em conformidade com a Lei 9610/98.

A consulta aos textos, permitida por seus respectivos autores, é livre, bem como a impressão de trechos ou de um exemplar completo exclusivamente para uso próprio. Não são permitidas a impressão e a reprodução de obras completas com qualquer outra finalidade que não o uso próprio de quem imprime.

A reprodução de pequenos trechos, na forma de citações em trabalhos de terceiros que não o próprio autor do texto consultado,é permitida, na medida justificada para a compreeensão da citação e mediante a informação, junto à citação, do nome do autor do texto original, bem como da fonte da pesquisa.

A violação de direitos autorais é passível de sanções civis e penais.
Coleção Digital

Avançada


Estatísticas | Formato DC |



Título: AUTONOMIA E SUJEIÇÃO NA APORIA DA MODERNIDADE JAPONESA: REPRESENTAÇÕES DO CORPO VIOLADO COMO EXPRESSÃO POLÍTICA
Autor: MARCIA REGINA CASTURINO
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO - PUC-RIO
Colaborador(es):  MAURICIO BARRETO ALVAREZ PARADA - ORIENTADOR
Nº do Conteudo: 52108
Catalogação:  08/04/2021 Idioma(s):  PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo:  TEXTO Subtipo:  TESE
Natureza:  PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
Nota:  Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
Referência [pt]:  https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52108@1
Referência [en]:  https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52108@2
Referência DOI:  https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.52108

Resumo:
Esta tese relaciona os debates sobre modernidade, cultura e revolução na perspectiva das representações do corpo violado e sexualizado, e explora as repercussões de tais debates na chamada temporada política do Japão pós II Guerra Mundial. Especificamente, a análise se detém na problematização das esquerdas revolucionárias pelo cinema de Oshima Nagisa (1932-2013), reconhecido como mentor do Nuberu Bagu (a nouvelle vague japonesa), e de Wakamatsu Koji (1936-2012) e Adachi Masao (1939-), da vertente erótica/pornográfica Pinku eiga. Cineastas cuja produção foi orientada pela fusão de política, sexo e violência, e marcada pelo ativismo dos movimentos pró-democracia a partir dos anos 1950 — suplantado no início dos 1970, quando o país se converteu em uma potência econômica mundial. O debate sobre a aporia da modernidade japonesa, fundado na persistência de vestígios agonizantes pré-capitalistas em uma sociedade capitalista, produziu diversas narrativas antagônicas no decorrer do século XX. Dentre elas, a que refutava a subordinação cultural ao Ocidente deu respaldo ao imperialismo ultranacionalista na guerra que dilapidou o país. Em decorrência do processo de democratização e desmilitarização durante a ocupação do Japão pelos EUA (1945-1952), e dos conflitos que vieram com sua consecutiva reversão, as discussões sobre a modernidade se multiplicaram no conturbado pós-guerra. A abolição dos poderes políticos do imperador Hirohito, que foi levado a abdicar publicamente de sua condição divina e a assumir-se como simples mortal, foi a mais impactante das mudanças realizadas no período. Ao declarar a derrota do país e a sua carnalidade, o imperador implodia a força do Kokutai, o corpo-nação, que organizava todo o sistema simbólico nipônico. Nos primeiros anos da ocupação, escritores como Sakaguchi Ango (1906-1955) e Tamura Taijuro (1911-1983), referências da literatura carnal na cultura subterrânea kasutori, exaltavam o corpo carnal (nikutai) como contraposição ao corpo-nação (Kokutai). De fato, a literatura carnal foi uma das diversas expressões do pós-guerra que, em dissonantes abordagens, reverenciaram o nikutai e o shutaisei. Nela, a decadência e a imoralidade eram defendidas como base para uma apreensão mais realista da precariedade humana, para a construção de uma nova ética, subjetiva e autônoma (shutaisei), e como condição para o acesso ao moderno. O filósofo político Maruyama Masao (1914-1996), um dos mais conhecidos modernistas defensores da ética do shutaisei, posicionava a literatura carnal, no entanto, na contramão de um Japão democrático e culto (ou moderno), já que as representações sensuais e violentas expressavam justamente a natureza que deveria ser superada. Isto é, as abordagens da sexualidade, da crueldade e da perversão, embora reivindicassem o moderno (ou a recusa da autoridade do Kokutai), remetiam à sensibilidade nativa pré-moderna. O que sugere que a aporia da modernidade na desintegração do pós-derrota era expressa na ambiguidade da apreensão política do shutaisei. Noção que seria central na formação do sujeito político vinculado aos movimentos pró-democracia e na expressão das vanguardas artísticas dos anos 1950 ao início dos 1970.

Descrição Arquivo
NA ÍNTEGRA  PDF
Logo maxwell Agora você pode usar seu login do SAU no Maxwell!!
Fechar Janela



* Esqueceu a senha:
Senha SAU, clique aqui
Senha Maxwell, clique aqui