A casa comum, encaminhamento central da Laudato Si, defronta-se com a enfermidade, o sofrimento e a morte. O antropoceno aparece sob forma de zoonose com a crise do COVID-19. Neste contexto perguntamo-nos sobre uma política da casa comum. Este trabalho busca interrogar transversalmente a conversão para uma ecologia integral. Entre outros grupos amazônicos, os indígenas da etnia Yanomami vivem difi culdades no respeito aos seus ritos fúnebres assim como os cristãos experimentam difi culdades na celebração cristã pelos enfermos e mortos da pandemia. A questão do luto na pandemia destaca a importância do diálogo ecumênico, inter-religioso e interdisciplinar. Neste sentido cabe investigar os impasses da fé e as negociações cosmopolíticas que a crise COVID-19 desencadeou, em função da necessidade de incluir um vírus – que afasta pessoas e animais por exigência sanitária, – no interior da catástrofe climática que obriga humanos e não-humanos a perecerem. A enfermidade mostra-se disruptiva para sepultamentos e ritos/liturgias, mas convoca a novas formas de entender o ecumenismo e a experiência religiosa. Propomos que isto seja entendido no sentido da construção da casa comum e do respeito pelos povos tradicionais de acordo com a encíclica. Pretende-se apontar na direção de uma visada amplamente ecumênica, doravante absolutamente indispensável.