Este ensaio tem por objetivo discorrer sobre o comportamento dos brasileiros em espaços de uso coletivo como ônibus, metrôs, elevadores, filas de bancos, mercados, entre outros. A postura dos brasileiros, em geral, tende à cordialidade, mesmo em situações que possam ser vistas com estranhamento por outras culturas. A hipótese levantada neste trabalho é a relativa aceitação de proximidade nesses espaços coletivos pelo povo brasileiro, desde que não se ultrapassem os limites de respeito e aproximação amistosa entre os indivíduos que compartilham os mesmos espaços. A metodologia escolhida é de cunho interpretativo e, em relação aos dados, utilizam-se recursos visuais que caracterizam e corroboram o comportamento cordial dos brasileiros nos contextos coletivos. Os dados são analisados conforme os critérios de Holanda (1995), DaMatta (1997), Bennett (1998), Lewis (2006) e Hofstede (2020). As observações realizadas através da análise bibliográfica e dos exemplos expostos ratificam nossa hipótese de que brasileiros, em geral, não se sentem constrangidos nesses espaços pela proximidade física, podendo, inclusive, estabelecer laços de amizade ou de coleguismo.