O trabalho analisa o Programa Xingó implementado pela CHESF e Universidades do Nordeste, que, desde 1996, é um núcleo de desenvolvimento científico, tecnológico e de produção no Trópico Semi-árido Nordestino. Pressupõe que o desenvolvimento da Região se dará em função da pesquisa e das inovações aplicadas às vocações socioeconômicas locais. Questiona-se essa abordagem, partindo de uma análise crítica de sua institucionalização, gestão e macroestratégias. Discutem-se suas bases teóricas, organizacionais e políticas. Propõe-se uma estratégia de articulação e gestão a ser implementada pelo Programa Xingó, com base em um novo marco teórico com base no desenvolvimento local, descentralização de políticas públicas, no empreendedorismo e na potencialização do papel das micro e pequenas empresas, como base evidenciada de uma mínima possibilidade de sustentabilidade. Conclui-se que, sem uma melhor compreensão do Semi-árido e da redefinição do marco teórico adotado, os recursos aplicados, serão de baixa efetividade social.