A juventude tem sido tema de pesquisa nas últimas décadas com diferentes abordagens e percursos, mas o estudo do jovem enquanto professor em formação é ainda deficitário de acordo com o levantamento da produção de trabalhos realizado para a elaboração da presente tese, que se insere no campo da juventude e aborda a percepção de jovens de 16 a 20 anos que vivenciam a sua condição juvenil como concluintes de Ensino Médio em uma escola de formação de professores, na modalidade Normal situada na Baixada Fluminense e constituem uma realidade imperceptível no cenário das matrículas seja do Ensino Médio no Brasil ou no estado do Rio de Janeiro. Porém são jovens, sujeitos sociais e representam uma minoria que vive sua condição juvenil num determinado contexto e sob condições sociais determinadas e determinantes. Na busca por conhecer como esses jovens percebem a sua condição juvenil, o preenchimento de um questionário socioeconômico, o relato de histórias e a realização de um grupo focal foram estratégias teórico-metodológicas adotadas, colocando a narrativa como o eixo orientador da pesquisa, que tem na linguagem a sua centralidade. A Baixada Fluminense, contexto da pesquisa, é apresentada a partir de dados censitários e de amostragens nacionais, apresentada a fim de situar o campo e os sujeitos. O conceito de condição juvenil e a abordagem dos jovens no Ensino Médio são norteados por estudos do campo da juventude, além das contribuições da pesquisa Agenda Juventude Brasil (2016). A escuta dos jovens se orientou pelo exercício de seu reconhecimento enquanto sujeito histórico e social, inserido em um contexto, produzido e produtor de cultura, que carrega diferentes modos de perceber-se na sua condição juvenil e que por seus diferentes modos de vivenciá-la dentro e fora da instituição escolar, as aproximações e afastamentos construídos a partir de sua auto percepção do ser jovem e ser jovem estudante do Ensino Médio, na modalidade Normal possibilita identificá-lo como jovem normalista.