Este artigo se desenvolve a partir do texto grego de Jo 2,1-11, do Sitzim-Leben, contexto vital, que mostra o breve diálogo entre Maria e Jesus. Em seguida, a delimitação e a estrutura do texto. No campo da análise, procura-se analisar a semântica do sinal em João, bem como na literatura veterotestamentária. Para João, o semeion, sinal, tem como função apontar e signifi car algo, seja para chamar a atenção, seja a fi m de transmitir um determinado conhecimento. No caso de Ex 4,30-31, o ot, sinal, sugere a manifestação de Deus para o povo crer, ajoelhar e se inclinar diante de YHWH. Assim, em João, o gesto realizador não é apenas demonstrativo e sim expressivo do mistério pessoal de Jesus e da salvação que será comunicada à humanidade. Nesse sentido, a fi gura de Maria na festa de Caná, é essencial, porque ela é atenta e possui profunda sensibilidade para dialogar com o seu Filho. Ela é, ao mesmo tempo, a fi gura de mãe e discípula fi el, no intuito de que Jesus seja o centro da cena. Percebe-se, com isso, que a fi gura de Maria, abre vários horizontes para refl etir sobre a pastoral no mundo atual. O modelo de discipulado mariano pode fornecer um olhar sensível e ativo, para ser contemplativo na ação.