Nestes últimos anos, a indústria automobilística tem se reinventado para suprir as exigências do mercado internacional, que vem sendo cada vez mais competitivo e mais rígido com as regras ambientais. Os carros elétricos são uma alternativa para a melhoria de emissões nocivas ao meio ambiente durante o tempo de vida útil do veículo, porém a produção e o descarte das baterias elétricas ainda são um grande problema a ser solucionado. Por isso, empresas também começam a procurar outras possibilidades de aumento da eficiência dos motores utilizados até então para que a tecnologia não seja tão prejudicial ao ambiente. Neste trabalho, ferramentas computacionais foram manuseadas para a previsão do desempenho de uma nova tecnologia no mercado, chamada SPCCI (Motor de Ignição por Compressão Controlada por Centelha), com um combustível muito utilizado em nosso país, o etanol. Foram feitas simulações para o estudo de sensibilidade de diversos parâmetros como: a velocidade de rotação do motor, a cilindrada do motor, a razão de compressão, a relação ar-combustível e o ângulo do virabrequim onde se dá a centelha. Os resultados indicam que existem regimes de um motor em que há uma maior vantagem da tecnologia SPCCI comparada ao tradicional SI (Ignição por Centelha). Para uma razão de compressão de 18 e um ângulo de centelha -20 graus Celsius, chega-se a um aumento de eficiência de quase 7 porcento o que é bastante para um conhecimento que traz consigo não somente o aumento de rendimento térmico, mas também uma diminuição drástica da emissão de poluentes devido à utilização de uma mistura extremamente pobre de combustível. Porém, há também pontos de funcionamento onde há pior performance com o SPCCI. Esses casos acontecem em um motor de razão de compressão por volta de 12 e ângulo de centelha -25 graus Celsius, o que diminui o rendimento de 2 porcento no pior caso.