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Título: À SOMBRA DE ÍRIS, AS SOMBRAS DE EROS: O ESPANTAR-SE HARPÍACO NA ORIGEM DO OLHAR FILOSÓFICO EM PLATÃO
Autor: IRLIM CORRÊA LIMA JÚNIOR
Instituição:  -
Colaborador(es):  -
Nº do Conteudo: 38056
Catalogação:  17/05/2019 Idioma(s):  PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo:  TEXTO Subtipo:  ARTIGO
Natureza:  PUBLICAÇÃO
Nota:  Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
Referência [pt]:  https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=38056@1
Referência DOI:  https://doi.org/10.17771/PUCRio.ANA.38056

Resumo:
No passo 155c-d do diálogo Teeteto, Platão faz uso da expressão tò thaumádzein para especificar o páthos (paixão, emoção, afecção...) próprio do despertar do pensamento filosófico. A expressão assinalaria algo como um admirar-se, um espantar-se ou assombrar-se, não como uma simples emoção que sucede à alma, mas, talvez, como um acontecimento inquietante, misto de admiração e de espanto, contendo um alto grau de imprevisibilidade. Platão, ao recordar a genealogia do deus Thauma, que representa o espanto, parece sugerir uma analogia entre o olhar filosófico e Íris, a deusa que personifica o arco-íris enquanto mediação entre os céus e a terra, o divino e o mortal. Sob a ótica platônica, e recordando que na iconografia a deusa, cujo nome também serve para designar a membrana ocular, possui um véu, Íris se identificaria com o olhar filosófico através do qual a verdade eterna do inteligível se revelaria para além do sensível. Nosso objetivo será o de, partindo de uma hermenêutica dessa passagem de Platão, prosseguir por especulação, chegando a aventar a ideia de que há sub-repticiamente uma filiação que não se encontra textualmente à vista, mas que, mesmo permanecendo à sombra, sem ser nomeada, seria possível e talvez necessária de se pensar: pois Thauma é pai também das Harpias, as quais são, portanto, irmãs de Íris. Deusas do arrebatamento súbito e mortal – a que devemos ligar o exáiphnes platônico, a subitaneidade do insight filosófico –, as Harpias, cujo nome tem correlação com o vocábulo harpýs (união íntima, relação amorosa), precisariam ser pensadas em conjunção com Íris e como uma imagem complementar ao Eros platônico do Banquete. Haveria, portanto, um elemento harpíaco intrínseco à gênese do pensamento filosófico: o acontecer fugaz de um arrebatamento.

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