CTI (Centro de Tratamento Intensivo) trata-se de um setor de grande importância dentro do hospital e pode ser visto um grande fluxo de pacientes internados neste local. Na maioria dos casos, pessoas são internadas em hospitais por enfermidades não provocadas propositalmente. Entre estes pacientes, veem-se todos os tipos de doenças e reações provocadas pela doença, mas há algo em comum entre eles: todos procuram a cura e a vida. É percebido nas equipes de saúde, um movimento intenso na busca do melhor possível para o paciente. Se não for a cura, ao menos, amenizar os efeitos da doença e promover maior qualidade de vida ao mesmo. Quando surge uma internação por tentativa de suicídio, pode parecer algo contraditório ao olhar da equipe, que está preparada para atender aquele sujeito que está ali pela busca de viver e não, aquele que apresenta o desejo de morrer. Compreender os mecanismos, a motivação, os procedimentos e sentimentos da equipe de saúde que atua em CTI e a influência na relação com os pacientes suicidas são os objetivos do presente trabalho, juntamente com a proposta de um trabalho mais humanizado e direcionado para a questão do suicídio. Trata-se de um estudo teórico-clínico, onde é utilizado o referencial teórico humanista-existencial. Através de observações clínicas, será possível visualizar a prática dos profissionais de saúde do CTI em relação com os pacientes suicidas. Será possível ter acesso às conclusões do presente trabalho, onde podem ser encontradas reflexões sobre o tema do suicídio e propostas de instrumentalização ao profissional de saúde. Estes apresentaram dificuldades emocionais ao lidar com pacientes suicidas, os quais são considerados, pelos mesmos, como pacientes difíceis. A presença desse grupo de pacientes em CTI choca com as premissas do treinamento da equipe de saúde, contrapõem aos seus valores morais e, muitas vezes, detém olhares preconceituosos, devido ao estigma existente em torno do tema do suicídio. Partindo do princípio que a equipe de saúde é responsável pelo bom tratamento do paciente internado em condições emocionais tão difíceis, despir-se de preconceitos e apropriar-se de um olhar humanizado é fundamental para que esse paciente tenha a oportunidade de ser reconhecido como um ser humano que sofre e precisa de ajuda, e enfim, conseguir uma recuperação bem sucedida.