Este trabalho apresenta como estudo de caso a eleição Norte Americana de 2016 e o uso de propaganda eleitoral como forma de ilustrar a nova Economia de Dados. A era da sociedade informacional Castells (1999) faz uso das tecnologias de comunicação para se informar fazer compras, manter contatos, e parte desse processo requer que se forneçam informações que serão armazenadas em grandes bancos de dados. A empresa Cambridge Analytica é uma das participantes desse mercado recém-formado, que conseguiu colocar um valor econômico a vasta quantidade de dados, e que por meio da mineração e analise de dados conseguiram formar perfil de eleitores, e este é o produto da empresa: a propaganda direcionada. Com surgimento da Internet foi possível ampliar a intensidade com que as informações são transferidas, a capacidade de alterar a rapidez e reduzir distâncias é o que diferencia a nova fase da história do mundo. Em vista o surgimento da precificação das informações dos usuários- que acabam se tornando produtos nesse mercado- o artigo pretende apresentar a necessidade do fortalecimento da legislação que prescreve como essas empresas devem atuar. Sobre tudo porque na ausência de leis que exigem o consentimento, a transparência da mineração, e como é feita a analise de dados, os direitos dos indivíduos acabam sendo minados, e nos deparamos com a possível manipulação da parcela da sociedade que são atingidas pelas propagandas. E se uma vez que a democracia é pautada pela liberdade de informação e por uma sociedade livre, a desinformação dessa sociedade torna-se uma ameaça.