Por meio deste estudo buscamos abordar a histeria e o modo como as manifestações dos fenômenos foram tratados ao longo da evolução histórica. À luz do corpo teórico da psicanálise buscamos traçar o percurso dos estudos freudianos de tal neurose, que jamais fora tratada como um corpo consumado de conhecimento. Neste continuo processo da clínica de Freud com as histéricas, ressaltamos as descobertas dos primórdios de seus estudos e as transformações que o gênio da psicanálise realizou em sua teoria e na sua práxis. A compreensão de que nas mulheres histéricas e as questões do feminino encontram-se associadas às causas das manifestações patológicas, nos conduziu a articulação entre a organização psíquica desta neurose com os estudos de Freud sobre o feminino. Para o melhor entendimento da questão histérica e do feminino, articularemos conteúdos teóricos com um caso clínico.