O presente trabalho teve como objetivo, compreender que a presença da família pode funcionar como recurso, na psicoterapia com adolescentes, diante de impasses. A família torna-se relevante porque o adolescente, além de uma perspectiva intrassubjetiva, irá ser observado em suas relações intersubjetivas. A passagem pela fase da adolescência marca uma transição no ciclo de vida familiar e individual. O conceito de diferenciação do self, abordado pela teoria Boweniana, dará bases para entender o processo de diferenciação do adolescente de seu contexto familiar. Ter um ambiente suficientemente bom, por Winnicott (1983), faz o jovem sentir-se seguro. A construção de uma identidade pessoal, além dos cuidados primários, estará atravessada por heranças geracionais. O conceito de transmissão geracional será apresentado pela teoria psicanalítica e sistêmica. Sentimentos ambivalentes são característicos desta fase, muitas vezes, experimentados por angústias profundas. Com isso, poderá ocasionar momentos de impasses e, por via contratransferencial, entenderemos a necessidade de manejos terapêuticos flexíveis. Portanto, a família presente no processo terapêutico, pela historiarização, oferecerá possibilidades para avanços na psicoterapia com adolescentes.