Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a palavra leigo contém os seguintes significados: aquele que não recebeu ordens sacras; serviçal dos conventos; aquele que revela ignorância ou pouca familiaridade com determinado assunto, desconhecedor, inexperiente. O termo se aplicaria, portanto, ao assunto não clerical, relativo ao meio civil, mundano ou secular (HOUAISS, 2001, p. 1738). Tal definição, contudo, mostra-se imprecisa e insuficiente quando se trata de pensar o sentido e a razão de ser da vida dos cristãos leigos e de sua atuação na Igreja Católica. A noção tradicional do clero como sujeito responsável pelas decisões sobre a vida interna de uma paróquia ou diocese, em contraposição aos leigos, vistos como encarregados da evangelização das realidades externas à Igreja parece, hoje, uma concepção antiga e ultrapassada, embora tenha lá a sua verdade e a sua razão de ser.