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Título: CLASSES PERIGOSAS E OS ARGUMENTOS CIENTIFICISTAS DE NINA RODRIGUES: UMA QUESTÃO DE COR E TERRITORIALIDADE
Autor: GEORGE FERREIRA LAU
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO - PUC-RIO
Colaborador(es):  DANIEL PINHA SILVA - ORIENTADOR
Nº do Conteudo: 32699
Catalogação:  16/01/2018 Idioma(s):  PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo:  TEXTO Subtipo:  MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO
Natureza:  PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
Nota:  Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
Referência [pt]:  https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=32699@1
Referência DOI:  https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.32699

Resumo:
Classes Perigosas e os argumentos cientificistas de Nina Rodrigues: Uma questão de cor e territorialidade é uma interpelação que surge com o advento da mortandade imensa de jovens no Brasil, que faz a Anistia Internacional, promover de forma silenciosa a denúncia contra o extermínio da juventude negra. Nosso objetivo foi fazer um recuo histórico, e tentar perceber raízes deste genocídio negro, no ambiente em que se vivia no Brasil no século XIX. Para isso trabalhamos Lar, Trabalho e Botequim e Cidade Febril. Este segundo em maior conexão com aquilo que mais nos articulou com Nina Rodrigues, a desconstrução do africano como possibilidade para o Brasil. O ser degenerado, é o ser do gueto, que percebemos não era apenas lugar de repouso. O lugar, é também de resistência. É em primeiro lugar, o lugar dos sem lugar, é o Cabeça de Porco, estes lugares, da falta de higiene, do crime, da doença, por fim, do negro. Cabe analisar se estamos aqui em mero processo de infantilização, e de lamentação, ou vitimização. Mas nos debruçamos sobre o que os fatos quiseram mostrar, a sua época. O próprio cortiço, Cabeça de Porco, sofreu com todo um equipamento de guerra para seu desmonte. E mesmo com a construção das favelas, o que percebemos em Rômulo, as comunidades carregam ainda este estigma, lugar do negro. Este lugar do negro, é quantificado, por ser maioria, então é uma nação que está a margem. E também desqualificado. A todo momento, seja na Serrinha, na pesquisa, milimetricamente feita e aceita mundo afora pelo doutor Nina, e com base em Gobienau, o racismo brasileiro, vai entranhando na cultura, e nas instituições brasileiras. Observamos que o aparato policial, político, judicial, religioso, médico e de imprensa da época – enfim todo este instrumental, vai querer comprovar que o negro é inferiormente proporcional ao que se deseja de humanidade e de projeto para o Brasil. E se antes eles vinham aos montes no Brasil colonial e imperial, no findar do Brasil Império, existe a preocupação de se limpar o Brasil. O projeto de trabalho, para o país, é o projeto de exclusão do negro do mercado de trabalho. É lança-lo na vadiagem, para logo prendê-lo, e assim quem sabe proteger este herdeiro de Caim de si mesmo, e muito mais da civilização brasileira, que se quer toda branca. O desenraizamento do negro do Brasil é um projeto, que vai ficar forte no Brasil, pós-abolição. Lançado na República, o medo do negro rondava a cabeça das elites. O haitianismo, a resistência destes grupos sociais nos Cortiços, as doenças que eles trazem para a cidade do Rio de Janeiro, no século XIX, e para os brancos, o crime, que sem palavras, no dizer de Nina Rodrigues, é do negro. Enfim, o potencial da fala de Nina evidencia nosso trabalho ao observarmos a necessidade, e o empenho da medicina legal em transformar o crime em doença, e o vírus ser o negro. Desta forma, Classes Perigosas, rimam com Classes Pobres. O que podemos pensar é até quando isto será uma realidade? E quando nos libertaremos de fato, visto que a ciência, produziu elementos de racismo que continuam presentes até hoje em nosso país. O país excludente e de desigualdades sociais e raciais e de gênero que temos teve uma ótima oportunidade de mudar tudo isso, mas pelo contrário, copiamos a contramão do mundo, a xenofobia, a eugenia e o racismo.

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