Objetiva investigar categorias conceituais de uma sociedade de classes para verificar a estrutura de classes da cidade de Rio Formososo-mata meridional de Pernambuco. Toma como referência estudos clássicos de Marx, de Lucáks sobre consciência de classe, de Poulantzas, Giddens etc. Analisa dados do IBGE sobre ocupação, do Ministério do Trabalho sobre o emprego formal, do INCRA sobre estrutura fundiária e do PNUD sobre indicadores socioeconômicos do município. Considera que o proletariado da agroindústria açucareira de Rio Formoso não existe enquanto classe, mesmo que existam trabalhadores rurais assalariados na região. Os proprietários dos meios de produção ali permanecem, apesar de não exercerem o poder político. Deixa de haver confronto de conflitos entre proletários e donos dos meios de produção, bem como qualquer espécie de consciência de classe por parte do proletariado, o que tornaria obsoleto o paradigma de classes naquela localidade e mais útil uma compreensão da pobreza instituída.