Pobreza e emprego, relação e falsa relação. Este texto repele os paradigmas tradicionais na abordagem da relação pobreza/emprego, demonstrando que a criação de novos postos de trabalho não implica, necessariamente, a diminuição da pobreza. Isso porque esse processo se desenvolve dentro de um modelo concentrador de renda que decreta políticas de baixo salário aos privilegiados que conseguem emprego, além de uma perversa política monetária que condiciona patamares baixíssimos ao poder de compra da moeda vigente. Isso delineia uma realidade selvagem nos países em desenvolvimento, da América Latina, por exemplo. Dá exemplo de alguns países que conseguiram fugir a essa regra, diminuindo os níveis de pobreza, graças a mecanismos que asseguram uma renda mínima sem estabelecer uma relação obrigatória com uma condição estável de trabalho.