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Título: A EIRONEÍA DE SÓCRATES E A IRONIA DE PLATÃO NOS PRIMEIROS DIÁLOGOS: (UMA VISÃO CRÍTICA SOBRE A NOÇÃO DE VLASTOS DE IRONIA COMPLEXA)
Autor: ANTONIO JOSE VIEIRA DE QUEIROS CAMPOS
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO - PUC-RIO
Colaborador(es):  IRLEY FERNANDES FRANCO - ORIENTADOR
Nº do Conteudo: 29362
Catalogação:  09/03/2017 Idioma(s):  PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo:  TEXTO Subtipo:  TESE
Natureza:  PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
Nota:  Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
Referência [pt]:  https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=29362@1
Referência [en]:  https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=29362@2
Referência DOI:  https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.29362

Resumo:
Esta tese tem um propósito estratégico e um tático. O estratégico diz respeito a propor uma leitura dos chamados primeiros diálogos socráticos, que leve, tanto quanto possível, a uma maior preocupação com o aspecto literário dos textos em sua indissolúvel ligação com o conteúdo filosófico, tentando encontrar temas , e estratagemas discursivos que consubstanciem , na inédita e irrepetível narratividade filosófica platônica, a inextricável relação entre forma e conteúdo, literatura e filosofia, mímesis e denuncia da mímesis, relação esta que não pode ser resumida ou banalizada em perspectivas interpretativas que apenas concedem à dramaturgia e narratividade platônicas papel secundário, instrumental, na composição do corpus platonicum, entendendo os diálogos como mera forma literária de se expressarem doutrinas ou pensamentos filosóficos. Dentro desse enquadramento geral, pretende-se apresentar como as chamadas eironeía socrática e a ironia platônica podem ter-se constituído no único (ou pelo menos o mais perfeito) elemento de aproximação ou mesmo de identificação entre a visão dualista de mundo platônica – com suas perplexidades e até ambiguidades teóricas – e a construção de sua literatura , onde sobressai o personagem Sócrates , enigmático, atópico, paradoxal, enfim, tão aparentemente dúplice quanto possível para um ser humano. E nada como um procedimento comumente associado à ordem da retórica, ou seja, da literatura, - a ironia- para unificar o dualismo platônico e as ambiguidades de seu protagonista, Sócrates. Nesse processo, se verá como essa ironia, retirada de seu âmbito do meramente linguístico e apresentada como o elemento –síntese dos sokratikoì lógoi, será corpo (literatura) e alma (filosofia) da mais bela construção literário-filosófica do Ocidente plasmada pelo gênio de Platão. Por outro lado, do ponto de vista tático, a tese aborda a importância da distinção entre o uso que Platão faz da eironeía na sua acepção mais antiga na língua grega, de viés pejorativo, como engano, trapaça, dolo etc e encarna tal noção em seu protagonista Sócrates, e a noção moderna de ironia, que hoje reduzimos a mera figura de estilo ou de linguagem, que indica elegância , bom gosto e sofisticação no falar. Para tanto, estabelecemos uma controvérsia com Gregory Vlastos, na esteira da polêmica provocada por esse ilustre comentador de Platão, de que apresentamos os principais críticos, a propósito de sua noção de ironia complexa para dar conta das perplexidades na leitura dos diálogos decorrentes do uso multifacetado e fascinante do recurso da ironia. Esse movimento tático do debate é importante por ser Vlastos uma referência desde o último lustro do século XX sobre temas socráticos, sobretudo o conceito de ironia complexa e conhecimento elênctico. Além disso, tento avançar a hipótese de que seria exatamente a tendência da leitura de Vlastos no sentido de subestimar o papel da literatura no modo dialético de Platão fazer filosofia, e o privilégio quase absoluto que deu a um exame dos textos do fundador da Academia recortando-lhe de preferência seu dizer apofântico, de modo obstinada e exclusivamente analítico, em detrimento de uma contextualização dramática, tudo isso, enfim, redundou em uma leitura profundamente descontextualizada e anti-literária da obra do filósofo. Esta seria, ao meu ver, também a raiz de sua equivocada e limitada compreensão do misterioso personagem Sócrates, que em sua explicação, no esforço de elucidá-lo em sua evasividade e astúcias discursivas, termina por sobrecarregá-lo ainda mais de perplexidades invencíveis. No afã assumido de salvar Sócrates (que ele praticamente toma como apenas retratado em sua historicidade por Platão) de qualquer acusação de conduta sofística ou de uso de expedientes enganadores, Vlastos talvez o tenha submerso em ainda mais aporias do que ele próprio teria criado nos diálogos que protagoniza, na consumação de seu método de perguntas e respostas.

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