Este texto enfoca a tensão permanente entre teoria e prática no fazer clínico com inspirações fenomenólogico-existenciais. Reflete sobre a superação do pensamento de Husserl, à medida que ele ainda representa idéias da tradição metafísica ocidental e aponta para os filósofos da finitude Nietzsche, Heidegger e Levinás, como possibilidades de interlocuções férteis para a compreensão da condição humana. Com essa inspiração, o texto vai redimensionar algumas questões teóricas desenvolvidas por Carl Rogers na Teoria da Terapia Centrada no Cliente. Em continuidade, a autora aborda aspectos relacionados ao psicodiagnóstico, transferência, inconsciente e enquadre terapêutico, resultado da sua experiência como psicoterapeuta e supervisora de estágio da Clínica-escola da Universidade Católica de Pernambuco. Finalmente, o texto ressalta a ética instaladora do devir humano, a partir da qual se dimensionam todas as questões teórico-práticas.