Este estudo pretende analisar a vocação e a missão do leigo na Igreja, de forma especial, a partir de uma perspectiva histórica e teológica. Sabemos que esta temática vem despertando o interesse de renomados teólogos já bem antes do Concílio Vaticano II, fazendo da teologia do laicato, hoje, um campo fértil para a legitimação e para o aprofundamento da participação destes fiéis dentro da reflexão e missão cristãs. Partindo desta constatação, no primeiro capítulo percebemos que a figura do leigo católico ao longo dos séculos foi ganhando uma descrição negativa, que além da dicotomia gerada em relação a condição do clérigo, que progressivamente, foi ocasionando para a esmagadora maioria do povo cristão, um lugar esquecido e cada vez menos protagonizador diante da Igreja. No segundo capítulo, buscamos expor que o Concílio Vaticano II se empenhou em recuperar a identidade perdida dos leigos, cuja atuação é indispensável para a santificação do mundo e das suas respectivas realidades. Compreendemos que, para tanto, a visão conciliar enfatizou alguns conceitos importantes, tais como povo de Deus, participação, comunhão, sacerdócio comum etc, que não apenas contribuíram para uma nova definição do leigo cristão, mas também uma renovadora concepção eclesiológica. No terceiro capítulo, notamos que os avanços conciliares sobre a questão do laicato impactaram positivamente no magistério da Igreja, sobretudo, na América Latina, que não cessam de afirmar o agir dos leigos na Igreja e no mundo. Por fim, evidenciamos que estamos vivenciando nos últimos anos um tempo de mudanças, que exige de nós uma leitura mais completa e precisa das dificuldades e das contribuições do leigo perante às exigências da Nova Evangelização. Acreditamos que o reconhecimento da vocação e da missão do leigo na Igreja, constitui-se para todos os batizados uma autêntica afirmação da vivência da fé e do esforço comunitário na construção do Reino de Deus.