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Título: A NATUREZA NÃO DIVINA DE EROS NO DISCURSO SOCRÁTICO: UMA LEITURA DO BANQUETE DE PLATÃO
Autor: ANA FLAVIA COSTA ECCARD
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO - PUC-RIO
Colaborador(es):  LUISA SEVERO BUARQUE DE HOLANDA - ORIENTADOR
Nº do Conteudo: 25099
Catalogação:  21/08/2015 Liberação: 31/08/2015 Idioma(s):  PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo:  TEXTO Subtipo:  TESE
Natureza:  PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
Nota:  Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
Referência [pt]:  https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=25099@1
Referência [en]:  https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=25099@2
Referência DOI:  https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.25099

Resumo:
O presente trabalho objetiva mostrar a natureza não divina de Eros no discurso socrático, a partir da leitura interessada e exclusiva do Banquete de Platão, obra em que o referido autor se concentra no tema do amor. Trata-se de uma sucessão de elogios feitos pelos convivas presentes no evento social, que acaba por descrever a sociedade ateniense; temos o cômico, o trágico, o médico, o filósofo, entre outros, refletindo assim a construção do discurso filosófico a partir dos discursos que o antecedem. Há, portanto, uma filtragem em que Sócrates aproveita ou não alguns aspectos dos discursos anteriores para formatar o seu elogio. Para chegar a tal hipótese, passamos pela análise da concepção grega do amor centrada na questão da pederastia, pela investigação dos vários discursos que correspondem às várias faces do amor, e, por fim, chegamos ao ponto principal, que é a não divindade do Eros para a filosofia, ou ainda, que o Eros não possa ser divino por sua natureza filosófica. Se o divino possui conhecimento e é perfeito, então ele não é condizente com o desejo e a busca filosófica pelo que lhe falta. Porém, ele também não é mortal, mas emana uma força que influencia o mortal. O exercício da filosofia condiciona-se pelo exercício erótico, o Eros que possibilita a atividade da filosofia, a busca de nova perspectiva no comum que está diante de nós, mas sobre o qual não nos debruçamos para refletir e questionar. Eros acende a chama do saber na alma humana, e sem a vontade de saber, a filosofia não é.

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