Estas reflexões têm como objetivo tratar dos slogans adotados por governos do Estado brasileiro no decorrer do século XX, sendo que é por essa materialidade linguística que se pode pensar nas questões ideológicas que dão sustentação a formas de exercício de poder. Para isso, serão perpassadas as noções de língua de vento, língua de madeira e língua de ferro, tomados por Gadet e Pêcheux, teóricos da Análise de Discurso, quando pensam a relação do Estado com seus cidadãos. Esses estudos subsidiarão nosso pensar sobre o sujeito imigrante italiano da Quarta Colônia, uma vez que esse é tomado tanto pelo discurso da emigração, que anuncia uma terra de fartura, quanto pelo discurso de Vargas, que propaga a unidade da nação, ilustrando que a propagandização tenta, pela língua, além de apagar as diferenças, tornar o dizer equivalente ao fazer.