A arquitetura e arte sagradas se vinculam com os símbolos universais, que por serem primordiais se apresentam como transculturais. Sua interpretação difere conforme a construção das representações sociais que/as diferentes culturas fizeram delas, mas conservam um caráter teofânico que os cobrem de uma dimensão de transcendência. As Verdades Eternas, os mitos e os arquétipos universais são pressentidos através dos Mundus Imaginalis, o Mundo dos símbolos, o mundo teofánico em que os arquétipos em forma de imagens são manifestados na alma do ser humano. O conhecimento da arquitetura e arte sagradas, envolve o termo Hierognosis (do grego) que significa conhecimento do sagrado. O fim da arte sagrada é refletir realidades supra formais através de elementos simples e primordiais. Assim mesmo, a arquitetura e a simbologia estão atravessadas pela função. A função está ligada a expressão e ambas podem ser abordadas desde à percepção. A arquitetura e a arte sagrada se diferenciam de outras formas artísticas denominadas arte profana. Em todas as religiões existe uma arte e uma arquitetura sagradas, pelo objeto, pela finalidade, e pelo modo de execução. Suas funções, expressões, significados e finalidades vinculam as pessoas que, ao contemplar e habitar, anelam a conexão com a dimensão sagrada da divindade.