Aproxima-nos do cinquentenário do Concílio Vaticano II e naturalmente fazemos memória. Na verdade, em 1962 uma onda de personagens, testemunhos e movimentos derramaram-se na praia conciliar deixando ali suas contribuições, que foram recolhidas, em maior ou menor proporção, nas páginas dos documentos. Recordamos do Movimento Bíblico, do Movimento Litúrgico, do Movimento Ecumênico, da Ação Católica... Dentre os personagens que contribuíram na sua realização recordamos de João XXIII, Paulo VI, dos teólogos Rahner, Congar, Ratzinger... Contudo, não podemos resumir essa onda apenas nesses movimentos e nesses personagens. Certamente, esses foram os catalisadores, mas nessa onda outros nomes ainda permanecem desconhecidos. Por isso, no limiar das comemorações, merece destaque, Edith Stein, na Igreja, Santa Teresa Benedita da Cruz, a judia carmelita. Surpresa para muitos, a síntese dramática de nosso século XX, aparece de forma anônima nas entrelinhas do Concílio Vaticano II. Para confirmar essa certeza, esse ensaio apresentará apontamentos sobre a eclesiologia em Edith Stein e o colocará em paralelo com textos conciliares.