Esta dissertação, realizada em uma escola particular do município do Rio de Janeiro, tem o objetivo de estudar as interações entre os sujeitos, tanto adultos como crianças, nas salas de aula e na escola. Priorizou-se no estudo as interações dos sujeitos entre si e com o conhecimento, objetivando conhecer/compreender a partir das práticas se espaços e rotinas de colaboração são (ou não) construídos. Para tanto, a pesquisa foi de cunho qualitativo, tendo como metodologia a observação (utilizando caderno de campo) em duas salas de aula e na escola, conversas informais com adultos e entrevistas com a gestão, bem como análise de documentos da escola. Os entendimentos e viéses das interações tendo como pano de fundo a colaboração foram se mostrando e sugerindo categorias de análise exploradas no trabalho. Para interlocução com o tema, os teóricos utilizados foram Mikhail Bakhtin, Lev Vigotski, sociólogos da infância como William Corsaro e outros pensadores da infância e das interações. O primeiro capítulo apresenta o objeto de estudo, dialogando com a trajetória da pesquisadora. O capítulo aborda desde a formulação teórica das questões até a entrada no campo, bem com as estratégias de pesquisa. O segundo capítulo apresenta as fundamentações teóricas que embasaram a pesquisa e a interlocução com o campo e com os sujeitos, bem como as análises construídas. O terceiro capítulo propõe uma abordagem com relação às interações na escola que foram analisadas pela pesquisadora como aspectos que constroem um eixo de concepções, de objetivos e práticas da escola. Nas considerações finais são retomados os sentidos das interações e da colaboração encontrados, que permitem pensar nas interações nas escolas. A perspectiva da criança como sujeito histórico e social, que produz cultura ao mesmo tempo em que nela está inserida, trouxe a criança para o centro da pesquisa e para as análises propostas.