A revolução tecnológica, as mudanças na estrutura competitiva da economia mundial e as necessidades financeiras motivaram vários países a realizar transformações estruturais no setor de telecomunicações. Essas mudanças incluíram a liberalização progressiva do setor, o estabelecimento de um órgão regulador e a privatização. Neste contexto, as empresas passaram a competir intensamente e buscar competências essenciais ao negócio. Esta busca quando realizada de forma isolada passou a exigir elevado esforço por parte das empresas. Com isso, o estabelecimento de alianças e redes na obtenção de vantagem competitiva se tornou uma realidade, que atualmente se apresenta com diversas características, conforme objetivos previamente definidos. Esta pesquisa tem por objetivo, avaliar as implicações estratégicas, no nível da empresa, das alianças e redes estabelecidas pela Embratel, Oi, Vivo e TIM, a fim de contribuir para a sua vantagem competitiva em um contexto globalizado. Para tanto, utilizou-se a metodologia de estudo de caso de Yin (2005), com a estratégia de triangulação dos métodos, que se baseia na investigação documental, no levantamento das percepções com a aplicação de questionários estruturados, além do levantamento de percepções complementares por intermédio de entrevistas. Os dados foram analisados com base no referencial teórico fundamentado na revisão da literatura, com auxílio de um levantamento documental e de um ferramental proposto: o modelo genérico integrativo de Macedo-Soares (2000) para a análise dos fatores organizacionais e o modelo SNA (MACEDO-SOARES, 2002) para a análise relacional. Constatou-se, através dos resultados obtidos, que as implicações estratégicas das alianças e redes agregam valor às análises tradicionais adicionando insights valiosos para a tomada de decisão no nível da empresa. O resultado desta análise resume-se no strategic fit, onde os fatores organizacionais capitalizam as forças, reduzem as fraquezas, de forma a explorar as oportunidades e minimizar as ameaças.