O objetivo desta pesquisa é investigar o modo de falha da viga Angelina submetida à flexão e propor um método simplificado para verificar a capacidade de carga para cada um dos quatro modos de colapso. Análise por elementos finitos foi realizada em quatro vigas Angelinas com seções transversais diferentes. As vigas foram submetidas à flexão em quatro pontos, considerando vão grandes e pequenos. Os resultados mostraram que a medida que a esbeltes aumenta, o mecanismo de Vierendeel e a plastificação dos tês tendem a interagir com a flambagem do montante de alma e flambagem torsional do tê. Além disso, as análises não lineares mostraram que existe um caminho de tensões principais nas vigas Angelinas, os quais inspiraram o desenvolvimento de um modelo simplificado bidimensional para estimar sua capacidade. O cálculo da capacidade de carga do modelo simplificado inclui a implementação do modelo de bielas e tirantes para verificar a carga crítica das barras e a avaliação dos resultados não lineares da ferramenta SAP2000 para obter a carga plástica. A similaridade observada entre as curvas de carga e deslocamento do modelo simplificado e do modelo de elementos finitos explica o processo de redistribuição de tensões e formação de rótulas plásticas observadas na análise não linear no ABAQUS. Apesar de muitos artigos caracterizarem o mecanismo de Vierendeel como a formação de quatro rótulas plásticas nas bordas dos furos, este estudo mostra que existe uma redistribuição de tensões após a plastificação inicial e que a condição última acontece em apenas duas seções críticas.