Por muito anos, no Brasil utilizavam-se duas normas para o dimensionamento da alvenaria estrutural, a NBR 15812-1/10 – Bloco cerâmico Parte 1: Projeto, e a NBR 15961-1/11 Bloco de concreto Parte 1: Projeto. Quando comparava-se as normas nacionais com as internacionais (ACI 530 (1992) e Eurocode 6 (2005)) verificava-se a existência de apenas uma norma para o dimensionamento. Assim, no ano de 2020 foi publicada a nova norma brasileira de alvenaria estrutural, NBR 16868-1/20 Parte 1: Projeto, que teve como objetivo a unificação das normas. Este trabalho faz uma análise das prescrições da NBR 16868-1/20, do dimensionamento de peças em alvenaria estrutural submetidas à flexão composta, e também a influência da esbeltez na resistência das paredes. Realizou-se uma análise comparativa dos critérios normativos previstos nas normas anteriores de alvenaria estrutural com a nova norma no que tange aos conceitos de compressão simples, flexão composta e esbeltez e em seguida, comparou-se com as normas internacionais. Discorreu-se também, sobre a utilização pela norma brasileira, do coeficiente redutor de resistência à compressão, como solução para os problemas de esbeltez das paredes de alvenaria e também acerca do emprego de um índice de esbeltez simplificado que leva em consideração a espessura efetiva da parede. Foram realizadas análises de exemplos de dimensionamento à compressão simples e a flexo-compressão de acordo com as normas nacionais e internacionais.