O aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera tem sido tema de discussão desde o século passado, e a indústria da cimenteira representa 8 por cento das emissões globais de CO2. Diante desse cenário, a necessidade de desenvolver métodos e materiais sustentáveis, além de melhorar processos que minimizem o impacto ambiental é extremamente importante. Este trabalho explora a mineralização de carbono através da carbonatação acelerada em materiais cimentícios suplementares, um processo relativamente novo que ainda não está totalmente compreendido. Para tal, foi realizada uma revisão sistemática da literatura a fim de identificar os fatores que determinam a efetividade da reação de carbonatação. A pesquisa foi direcionada para buscar o tempo ótimo de mineralização através da carbonatação direta úmida a 50 graus C e 20 porcento de concentração de CO2. Apesar de a revisão da literatura ter apontado que temperaturas e pressões mais elevadas intensificam a absorção de carbono, essa prática provavelmente não é viável em larga escala, já que potencialmente afeta negativamente o equilíbrio energético, contrapondo a sustentabilidade buscada no processo. Ensaios termogravimétricos foram essenciais para calcular a absorção (uptake) nos três materiais cimentícios suplementares: escória, cinza volante e cinza do bagaço de cana de açúcar (CBCA). As amostras de escória tiveram o maior resultado de uptake, seguido pela CBCA e cinza volante após cinco semanas de experimento. A utilização de materiais cimentícios suplementares para mineralização de carbono é eficiente, seguro e sustentável. Os experimentos mostraram que a escória é um ótimo material para esse tipo de estudo, atingindo um uptake de 17,49 por cento nas condições avaliadas.