Este trabalho objetiva conceituar sujeito e subjetividade, de acordo com as teorias de Freud e Lacan, uma vez que o estudo da questão subjetiva se faz extraordinariamente atual no que diz respeito aos problemas que marcam a contemporaneidade. A agitação psicanalítica por conta do despontar de novas formas de sintoma ou, mais precisamente, do despontar de diferenças nas formas de gozo do sintoma, requer devida atenção. O sintoma é exatamente isso privilegiado no neurótico para produzir a manutenção do seu gozo e nos encontramos em um capítulo da história que exige o gozo a qualquer custo. Tal perspectiva produz inferências. Encontra-se o predomínio de uma sintomática não mais fundamentalmente apoiada na dimensão simbólica ou enquadrada no discurso do Outro, que tem como o eixo o significante mestre Nome do pai. O componente real da pulsão, que se soma ao integrante simbólico ou inconsciente do sintoma, é o exigente da satisfação do gozo pulsional que vem roubando a cena nos quadros sintomáticos contemporâneos.