Este trabalho teve como objetivo investigar a relação entre sintomas depressivos maternos, decorrentes de um quadro de Depressão Pós-parto (DPP) ou Depressão Perinatal durante o período gravídico puerperal, e o impacto na relação mãe-bebê e consequentemente o desenvolvimento infantil deste. Assim, escolheu-se o momento de ingresso e adaptação escolar, durante a primeira infância, para delimitar um período em que se pode observar melhor seu desenvolvimento, dando enfoque na importância da qualidade de suas primeiras relações interpessoais e estimulação prévia para um desenvolvimento sadio. Utilizou-se como pressuposto teórico acerca da vinculaçãomaterna, a Teoria do Apego de John Bowlby e Mary Ainsworth. Através da literatura pode-se encontrar uma relação direta entre um cuidado insatisfatório, advindo da fragilidade psíquica de uma mãe depressiva, e prejuízos no desenvolvimento infantil naprimeira infância, sobretudo nos domínios socioemocionais e de comportamento exploratório que podem ser observados em crianças em creches. Este estudo visa contribuir para promoção da saúde mental materna, acolhimento de puérperas e a desmistificação de maternidade perfeita, apontando os prejuízos de transtornos mentais no funcionamento da mãe e suas consequências para sua relação com o bebê e o infantil a longo prazo.