Vários resultados de pesquisa demonstraram a eficácia da terapia cognitivocomportamental (TCC) para transtornos de ansiedade. Delineado por Aaron Beck, o modelo cognitivo de psicoterapia oferece uma perspectiva interessante para a integração com o campo da neurociência, já que qualquer intervenção está vinculada a um suporte de estudos empíricos e experimentais (Raedt, 2006). Outro aspecto muito importante para a consistência desse estudo é o conceito de neuroplasticidade, já que é uma das competências que garantem às intervenções psicológicas a capacidade de promover alterações no padrão de comunicação sináptica em decorrência de novas experiências e processos de aprendizagem (Callegaro e LandeiraFernandes, 2007). Nesse contexto, além do interesse em apresentar resultados de pesquisa que ilustram a colaboração entre a TCC e as neurociências, veremos quais áreas cerebrais sofrem alteração em resposta ao tratamento eficaz em transtornos de ansiedade (TAS; TOC; TEPT; transtorno de pânico; fobia específica e TAG). Através de uma revisão bibliográfica da literatura, foram selecionados artigos indexados nas bases de dados PubMed, PsycINFO, Scielo, ScienceDirect’, Google Scholar e BVS Saúde, no idioma inglês e português. Os principais descritores utilizados foram cognitive behavior therapy, neuroplasticity, emotional regulation, functional magnetic resonance imaging ou fMRI, neuroimaging, combinados com amygdala,prefrontal córtex, anxiety disorder obsessive compulsive disorder, panic disorder, generalized anxiety disorder, social anxiety disorder, post-traumatic stress disorder, specific phobia, para busca apropriada da pesquisa.