A presente pesquisa teve como objetivo geral estudar a complexa jornada de sujeitos, que se identificam como transexuais, na construção da parentalidade. Considerando que no contexto social ainda são pessoas que enfrentam desafios, preconceitos e discriminação. Visamos pensar certas desinformações sobre a transexualidade e compreender melhor os termos que são utilizados para tais identificações de gênero. No desenvolvimento do estudo, também procuramos dar um contorno às definições de identidade de gênero e como difere dentro da comunidade transexual. Subsequentemente, focamos no entendimento da parentalidade, nas funções parentais e as várias formas de exercer a parentalidade. A partir dessa trajetória criamos a discussão das especificidades da parentalidade na transexualidade. Destacamos a necessidade de revisões constantes dos modelos de família e a dinâmica das novas vivências de parentalidade. Ao abordar a complexidade do referido tema, apontamos para a insuficiência de contornos sociais na função de apoio a essas pessoas e o risco de narrativas sociais produzirem sofrimento na vivência da parentalidade. Discorremos sobre seus obstáculos para exercer tal função, a partir de alguns depoimentos publicados em diferentes meios de divulgação.