A presente monografia se propõe a traçar um diálogo entre os conceitos de periculosidade e loucura buscando encontrar as convergências entre a lógica punitivista e a lógica manicomial, sendo o manicômio judiciário o local mais evidente desse encontro. Dito isso, a principal proposta do texto é analisar de forma crítica a função social implícita nas lógicas mencionadas e suas semelhanças, identificando os sujeitos que vivenciam a rotina do manicômio judiciário. Nesse contexto, o documentário Casa dos Mortos (2009), de Débora Diniz, além da literatura mais conhecida sobre a Reforma Psiquiátrica e sua atualização são a referência utilizada para ilustrar essa realidade. Por fim, é feita uma breve análise dos avanços legais pelo fim dos manicômios judiciários, até 2023. Algumas considerações sobre o devido processo de desinstitucionalização dos custodiados são feitas no sentido que siga acontecendo.