Investigo a relação entre o desemprego e a saúde mental dos brasileiros, focando especificamente nos impactos das taxas de desemprego sobre as taxas de suicídio no período de 2014 a 2021. Utilizando dados trimestrais da PNAD Contínua e do DATASUS, apliquei modelos de regressão em painel, incluindo pooled, primeiras diferenças, efeitos fixos e efeitos aleatórios, para analisar essa relação em diferentes unidades federativas, grupos demográficos e períodos. Os resultados mostraram que o desemprego tem um efeito positivo e significativo nas taxas de suicídio, com o modelo de efeitos fixos sendo o mais adequado para capturar essa relação. Além disso, identifiquei diferenças importantes entre grupos, como maior vulnerabilidade entre homens e populações de regiões com melhores indicadores econômicos. Concluí que políticas públicas voltadas para a geração de emprego e o suporte à saúde mental são essenciais para mitigar esses efeitos, especialmente em contextos de crise econômica.