A Economia do Cuidado tem sido um tema cada vez mais presente nos debates públicos. Nessa dissertação, analisamos a Economia do Cuidado com foco no trabalho doméstico não remunerado, presente na maioria dos lares brasileiros, que é feito majoritariamente por mulheres e meninas. Usamos a Teoria da Reprodução Social e a perspectiva interseccional para observarmos e contextualizarmos a invisibilidade desse trabalho pela sociedade e, concomitantemente, a exploração desse trabalho pelo Capital. Analisamos as consequências dessa exploração na saúde física e mental dessas mulheres e meninas, e reclamamos o cuidado delas como direito. A inserção do tema Espiritualidade acontece na percepção de que essa é uma dimensão do humano, e que também sofre pela sobrecarga de cuidado na qual mulheres e meninas estão submetidas. Finalmente, propomos uma espiritualidade cristã que seja pautada na justiça, compaixão, e na práxis de Jesus Cristo a fim de oferecer libertação a essas mulheres e meninas. O início dessa transformação se dá no rejeite da romantização do sofrimento delas, compreendendo que o cuidado é um lugar do Espírito e, por isso, ele precisa estar presente para humanizar as dinâmicas de cuidado, e promover uma atitude crística de antevisão e alívio da sobrecarga de mulheres e meninas, promovendo assim uma vida e saúde integral às mulheres e meninas.