No dia 03 de março de 2018 foi sentido um tremor de terra em vários bairros de Maceió, registrando em 2,5 de magnitude na escala Richter. Em 2019, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) divulgou um relatório técnico sobre a subsidência do solo em virtude da desestabilização do terreno como consequência da extração de sal-gema. Em 2020, foi iniciada a realocação dos moradores atingidos. Certos locais, como os Flexais, não foram incluídos diretamente na zona de risco de afundamento, apesar de sua população sofrer diretamente impactos do desastre com o processo de ilhamento socioeconômico do local. A presente dissertação faz uma análise sobre a metodologia do mapa de setorização de danos produzido pela Defesa Civil, uma vez que existe uma população que ficou isolada e abandonada, pois não foi incluída na área de risco. Para o desenvolvimento deste trabalho, além do uso da experiência como moradora local, a autora realizou revisão bibliográfica e análise documental em fontes da Defesa Civil, em jornais e sites dos governos municipal e estadual (fotos, vídeos, relatórios, entrevistas, etc.). Apesar do conjunto da cidade ter sido prejudicada pelo afundamento de alguns bairros, constata-se que o impacto é maior sobre os moradores realocados e, sobretudo, sobre aqueles que não foram reassentados, mas moram em bairros doravante isolados e abandonados.