Este trabalho investiga os impactos nas condições de trabalho entre empreendedores e trabalhadores de startups. Para a investigação, adota-se abordagem qualitativa, empreendendo etnografia artesanal e digital em startups sediadas no estado do Espírito Santo. Serão conduzidas entrevistas semiestruturadas com empreendedores e trabalhadores, além de observar de maneira participativa os locais de trabalho (digital e material). Destaca-se que as startups se tornaram emblemáticas, representando a vanguarda do empreendedorismo global, repercutindo em transformações e crescente flexibilidade no contexto laboral. No entanto, as mudanças sociais ocorridas nesse período também influenciaram como as pessoas percebem o trabalho e a vida, levando muitos a se submeterem a trabalhos marcados por acentuada precarização, como aqueles com longas jornadas e desregulamentados. Esse fenômeno é impulsionado pelo crescente avanço do neoliberalismo, no qual o contexto de trabalho sofreu modificações propulsadas pelas transformações econômicas. Como efeito, é moldado um tipo de trabalhador baseado na flexibilidade do mercado e por uma nova visão do trabalho. Desta maneira, a pesquisa objetiva compreender as condições e relações de trabalho de empreendedores e trabalhadores de startups no Espírito Santo. Intenta preencher lacunas no entendimento das relações de trabalho, examinando como as mudanças sociais influenciam esses atores, além de explorar as nuances do trabalho nas startups capixabas pesquisadas.