A pesquisa realizada é sobre a relação entre escatologia e secularização com as implicações à luz de uma teologia política de Jurgen Moltmann, e a proposta de pensar uma contribuição teológica da Igreja nos dias atuais valorizando o aspecto da justiça para maior visibilidade do Reino de Deus. Esta tese propõe a questão da história da salvação realizada por Deus, em que toda a história humana é compreendida como um dom, o progresso como evolução para o melhor que a criação, em sua totalidade, pode alcançar. Estas promessas temporais são assumidas como ideal da secularização. Ao observar as realidades, são constados círculos viciosos de morte, gritos por justiça. A tese demonstra como a Igreja compreende o seu agir no tempo mediante o diálogo com a sociedade nas esferas públicas. Apresenta, ainda, o teologizar de Moltmann como reflexão a partir de uma teologia política da cruz que busca fortalecer a identidade da fé cristã enquanto a articula com a sua relevância pública. Com isto, ocorre um diálogo com o Magistério da Igreja, sobretudo, com as possibilidades hermenêuticas do Concílio Vaticano II, que reconhece a mundanidade do mundo e a solidariedade da Igreja com as mesmas alegrias e esperanças de toda a humanidade. A pesquisa tem metodologia de revisão bibliográfica, tecendo diálogos com teólogos, filósofos, sociólogos e articula uma compreensão de poder que une ao essencial do serviço ao outro e toca a visão eclesiológica como comunhão e diaconia e a compreensão prática da teologia dogmática.