Esta monografia examina a contradição no posicionamento brasileiro durante a Guerra do Golfo. Será realizada uma revisão bibliográfica com o objetivo de elencar os possíveis argumentos que procuram explicar a postura adotada. A bibliografia sobre a formulação de política externa brasileira do governo de Fernando Collor de Melo (1990-1991) pode ser dividida em dois grupos. O primeiro trata da divergência que ocorreu entra a presidência e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) em relação às transformações internacionais, gerando divergências quanto ao projeto de inserção internacional que deveria seguir o país. O segundo, leva em consideração a redemocratização e o embate entre os grupos de interesse brasileiros, entre eles o setor militar e a opinião pública. As transformações internas e internacionais ajudam a explicar a ausência de coordenação ocorrida entre as iniciativas do MRE e da presidência, gerando uma política que tentava aliar o pragmatismo tradicionalmente seguido nas decisões em relação ao Oriente Médio, com a aliança que propunha Collor de Melo ao governo norte-americano.