Vinte e cinco anos depois da descoberta dos primeiros casos de HIV, a AIDS se tornou a maior causa de mortes entre adultos em todo o mundo. Dentro desse contexto, a epidemia da doença na África do Sul, desponta como uma das piores de que se tem notícia, deixando de ser apenas um problema médico-científico para representar uma ameaça ao desenvolvimento e aos direitos humanos. O objetivo deste trabalho será analisar a natureza e o impacto da atuação das organizações não-governamentais na arena política, especialmente quando estabelecem parcerias com outros agentes do Sistema Internacional. No caso da crise de HIV/AIDS na África do Sul, a existência de uma sociedade civil organizada tem sido fundamental na promoção de mudanças no discurso e nas práticas reproduzidos durante anos, que contribuíram para que o HIV se tornasse a maior ameaça ao desenvolvimento e à reconstrução do país pós-apartheid.