Este trabalho investiga como o conformismo social e político dos indivíduos se relaciona com a repressão de seus impulsos naturais, criando sujeitos submissos e acríticos. Tendo como base a teoria de Wilhelm Reich que ensina que a repressão sexual foi criada para tornar os indivíduos funcionais à manutenção da ordem, culminando em adoecimento psíquico e social dos sujeitos. O trabalho parte da análise das sociedades tribais, do patriarcado, do capitalismo e do neoliberalismo, a fim de discutir como os mecanismos de controle atuam sobre o corpo e a psique humana, moldando a subjetividade para legitimar as estruturas de poder. Além disso, buscou-se refletir sobre o papel da família e do casamento na perpetuação da repressão sexual, instrumentalizada para tornar os indivíduos adaptáveis às exigências do sistema social dominante. Para Reich a existência de um discurso acerca da necessidade de criar mais repressões tem como objetivo garantir um sujeito modelo, gerando uma dinâmica que se retroalimenta e perpetua a dominação social. Acredita-se que esse trabalho possa proporcionar uma reflexão crítica sobre como os fatores sociais, econômicos e culturais impactam a saúde psíquica e emocional dos indivíduos, ajudando a refutar a ideia de que o adoecimento psíquico é uma questão individual. Além disso, ao destacar a existência de outros modelos históricos e possíveis formas de viver de maneira coletiva e harmoniosa, resgata uma visão alternativa de funcionamento social e relacional, oferecendo um caminho para reflexão crítica sobre o que se tornou naturalizado nos dias atuais.