Donald Symons, em 1987, utilizou o construto do valor de companheiro para explicar o acasalamento seletivo entre os humanos pela primeira vez. Desde então, diversos pesquisadores propuseram novas definições teóricas e operacionais. Recentemente, identificaram que essas definições se agrupam em quatro abordagens teórico-metodológicas: holística, dimensional geral, dimensional e por proxy. Apesar das diferenças, todas partem da literatura evolucionista e de troca social para entender o valor de companheiro como a avaliação de características que sinalizam valor reprodutivo. Dessas abordagens, a dimensional tem sido a mais utilizada nas pesquisas. E entre os instrumentos dimensionais o Mate Value Inventory (MVI-7) se destaca pela abrangência, simplicidade e poder preditivo. Já foi adapato para mais de oito pasíses e é usado até hoje. Mas o Relational Mate Value Scale (RMVS), outra medida dimensional, inaugurou uma nova perspectiva para o valor de companheiro. Este instrumento derivou seus itens da literatura de relacionamentos amorosos e percepção social. Ele acessa o valor relacional, medindo o quanto um parceiro pode proporcionar um relacionamento de alta qualidade de maneira única. Contudo, não foram encontrados estudos de adaptação com as evidências de validade dessas escalas para o contexto brasileiro. a presente dissertação em formato de artigo é composta por dois estudos que tem por objetivo adapatar o MVI-7 e o RMVS para o contexto nacional, apresentando suas evidências de validade e indicadores de fidedignidade. Os resultados revelaram que ambos os instrumentos possuem estrutura unifatorial e relações esperadas com outras variáveis, além de alta correlação entre si e boa precisão.